Operadoras latino-americanas começam a usar 4G para desafogar 3G
As
operadoras latino-americanas que lançaram redes 4G o fizeram de forma
reativa até agora, para atender a exigências regulatórias, como no caso
brasileiro, onde havia metas de cobertura para a Copa das Confederações.
Aos poucos, porém, conforme caem os preços dos handsets 4G e aumenta a
adoção por parte do público, as teles latino-americanas começam a
reconhecer nessa nova tecnologia uma forma de desafogar as redes 3G, que
estão cada vez mais congestionadas. O novo posicionamento coincide com a
proximidade dos leilões de 700 MHz na região e deve ganhar força a
partir de 2014. Essa é a análise Estebán Diazgranados, diretor de
wireless para a América do Sul da Alcatel-Lucent, que compartilhou sua
visão durante o LTE Latin America, evento realizado nesta terça-feira,
29, no Rio de Janeiro.
"O
LTE começa , sim, a absorver clientes do 3G, mas este padrão seguirá
sendo o dominante até pelo menos 2017", prevê o diretor de transmissão e
acesso da Vivo, Átila Branco. Até lá, a alternativa para as teles
lidarem com a explosão de uso de dados em suas redes 3G passa por maior
compartilhamento de infraestrutura, parcerias com empresas de torres,
simplificação de leis municipais para instalação de antenas e adoção de
small cells, diz o executivo. "Vivemos hoje um déficit de sites terrível
na camada macro. E não é por falta de Capex", criticou.
A
base de conexões de quarta geração na América Latina deve alcançar 6
milhões de linhas em serviço em dezembro deste ano, de acordo com
projeção feita pela associação 4G Américas. Em dezembro de 2018, serão
82 milhões.
Espectro
O
leilão da faixa de 700 MHz para uso do 4G no Brasil está previsto para
acontecer no segundo semestre deste ano. As regras do leilão devem ser
conhecidas esta semana, com a publicação da consulta pública. O diretor
geral para América Latinada 4G Américas, Bob Calaff, elogiou a decisão
do governo brasileiro de alinhar seu espectro àquela divisão adotada na
Ásia e Pacífico para essa faixa, que provavelmente será a predominante
no mundo.
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