Novos satélites: revolução ou continuação?
Se
você leitor já conhece meus posts, ao ler o título deste já soube a
minha reposta para a pergunta que formulei. Sim, só consigo ver neste
momento a estreia de novos satélites como uma continuação de tudo que
temos hoje, e nem de longe espero uma revolução. Se pegarmos a OI TV e
seu SES-6 como exemplo, o que vimos foi quase que unicamente apenas a disponibilização de canais que já existiam no país, mas que não tinham um espaço nas grandes para estrear.
Explicando
melhor, enquanto no Amazonas a OI TV operava com cerca de 37 canais em
HD (ou pouco um pouco menos não me recordo), e afiliadas da Globo e
outras gigantes em SD, com o novo satélite houve espaço de sobra para
aumentar esses números e trazer de forma inédita várias afiliadas em
alta definição, dispensando o módulo de TV aberta, por exemplo.
Mas
não houve de fato um revolução. Os canais HD podem até ter dobrado em
número, mas nenhum foi uma novidade motivada pelo novo satélite,
simplesmente o que já existia e não tinha espaço agora estreou.
Os novos satélites da Claro TV e SKY Brasil
As expectativas
Novos satélites = novos serviços?
Assim
que em 2015 e 2016 as operadoras Claro TV e SKY Brasil respectivamente
estrearem seus novos satélites, deveremos ter apenas um alinhamento das
grades de canais, pois ambas já estarão muito atrás da NET e OI TV em
número de canais HD. Com as grades parecidas, aí sim poderemos esperar
quem sabe por criatividade, pois o simples argumento de “maior variedade
de canais” vai praticamente acabar, e hoje a exclusividade quase não
existe mais no setor.
O ponto
que me deixa mais apreensivo com os novos satélites é a possibilidade
das programadoras motivarem-se para criar novos canais EFETIVAMENTE, ou
ainda trazerem novidades de sucesso de outros países. Nesse momento como
todas as gigantes teriam espaço e flexibilidade para incluir mais
canais, a insegurança em inovar iria diminuir.
Digo
que estou apreensivo com isso pelo fato de que as negociações envolvem
muitas outras coisas, e talvez as operadoras por aqui não entendam que o
perfil do brasileiro é para uma grade com mais de 200 canais,
como ocorre lá fora. Aí os novos satélites não teriam como principal
papel dar espaço para novos canais, e sim para novas e boas ideias…
será?
Não
posso afirmar de primeira que acredito que teremos tão cedo novos e
revolucionários serviços utilizando satélites. Há muitos anos eu
acreditava que a Internet via satélite com download e upload seria
viável e uma realidade, e que todos os receptores teriam funções on
demand e de interatividade baseadas nesse serviço, sem necessidade de
nenhum equipamento extra.
Pois
isso não aconteceu e a tecnologia via satélite utilizada em TVs não
evoluiu tanto assim. Tanto que apenas as operadoras via cabo, como a NET
e seu Now, aproveitam da rede mundial de computadores para expandir e
muito suas possibilidades.
Mas
mesmo que os novos satélites não possuam o poder tecnológico para
reinventar o setor, vamos ser otimistas e pensar que são no mínimo
necessários. Operadoras como a Claro e a SKY encontram-se com seus
equipamentos atuais saturados e deixam os seus assinantes por fora das
novidades no mercado.
De
nossa parte fica a torcida para que todas as operadora tenham grades
competitivas, com seus exclusivos mas principalmente buscando melhorar o
custo benefício para o consumidor, que ainda sofre muito com pacotes
ruins e preços salgados por aqui.
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