Governo trabalha com três cenários para o desligamento da TV analógica
1)
Iniciar o cronograma de desligamento em 2015 pelos melhores mercados –
as cidades mais populosas, como São Paulo e Rio de Janeiro por exemplo –
2) Fazer um cronograma que mescle grandes mercados e cidades menos interessantes comercialmente (o filé e osso)
3) Iniciar o desligamento pelas cidades menores, onda não há problemas de migração dos canais.
Estas
três alternativas têm prós e contras. As duas primeiras se coadunam
mais com a atual determinação do governo, que quer maximizar a
arrecadação no leilão de 700 MHz, que será realizado em agosto pela
Anatel. A primeira é que permite a maior arrecadação, mas a segunda
mantém o perfil federativo da política de telecom brasileira.
Se
as operadoras de celular puderem ocupar a faixa de 700 MHz nas grandes
cidades já em 2016 (o que força o desligamento da TV analógica, que
ocupa esta faixa, no próximo ano), o preço será muito maior do que se
esta ocupação ocorrer mais tarde. “Sem o cronograma de desligamento não
conseguimos calcular o VPL (Valor Presente Líquido) da licitação” admite
técnico da Anatel.
Justamente
nos grandes mercados de maior atratividade é onde estão os maiores
dificuldades para o desligamento, pois são muitas as emissoras de TV
obrigadas a migrar para faixas mais baixas. Além disso, o contingente de
pessoas que será atingido é muito grande, seja para receber o subsídio,
seja para comprar por conta própria a sua TV digital.
Começar
pelas pequenas cidades teria muito menos problemas, pois nelas a
frequência de 700 MHz está totalmente desocupada, o que significa que as
emissoras de TV sequer vão perceber a entrada da 4G na cidade. Também
seria menos arriscado, tendo em vista a logística que será exigida para
se atingir ao público a ser subsidiado. Mas, o preço da faixa cairia, e
muito. Fontes do Minicom informam que a logística não é o que mais
preocupa, tendo em vista que os Correios, que são vinculados à pasta,
estão em todo o Brasil.
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